FAROL - Faculdade de Rolim de Moura

Farol recebe juíza que implantou ressocialização de presos reconhecido internacionalmente

31/08/2016

Os alunos da Faculdade de Rolim de Moura (FAROL), receberam ontem (18), no recém reformado auditório da instituição , a juíza de Direito da comarca de Santa Luzia Larissa Pinho de Alencar Lima, idealizadora e coordenadora do projeto “Vida Nova – Educação que dá sentido à história”, que teve início neste ano.

O projeto tem se destacado internacionalmente e consiste em ressocializar a população carcerária por meio da educação.

As aulas são editadas e gravadas pelos próprios Servidores do Poder Judiciário Estadual e são exibidas aos apenados em um corredor localizado próximo as celas, os aparelhos são instalados e durante uma hora são exibidos os conteúdos. Logo em seguida, os reeducandos, com auxílio de profissionais voluntários, debatem sobre aquilo que fora apresentado.

No final de cada módulo é necessário que os participantes entreguem uma redação para ser corrigida, voluntariamente, pela pedagoga do Fórum, sendo o aproveitamento do conteúdo uma condição preponderante para o benefício de remição da pena.

A magistrada conta que antes do início do projeto era esperado como meta um índice de adesão em torno de 10% da população carcerária da Comarca, porém, o número de adeptos foi de quase 40%.

“Nossa segunda meta era aprovação na redação de pelo menos 50% dos matriculados. Atingimos 100%. A terceira e última estava relacionada com a diminuição em 5% na reincidência e no cometimento de falta grave por parte daqueles reeducandos matriculados no Projeto. Essa etapa também alcançamos já que 100% dos matriculados não reincidiu nem cometeu falta grave no período da aplicação do projeto. Podemos afirmar que estas pessoas estão de fato no caminho da ressocialização. Quem ganha com isso somos todos nós”, pondera a juíza Larissa.

De acordo com a magistrada a ideia é fortalecer reflexões sobre responsabilidades, interação, formação, vínculos, reconhecimento das próprias histórias, autoimagem, autoconfiança e respeito. “Não existem critérios para participação no projeto. Basta apenas que o reeducando queira receber informação e conhecimento”, arrematou.